Qual o contexto?
A governança adaptativa visa um modelo inclusivo e descentralizado, com a participação de diversos atores que atuam direta e indiretamente nas tomadas de decisão. Este arranjo permite o desenvolvimento de estruturas multinível e multiescalar, além de incentivar (ou promover) adaptação às mudanças climáticas por meio de revisão das ações e aprendizagem contínua. Neste contexto, a governança da água também possui um complexo mecanismo de tomadas de decisão. Deste modo, o capítulo foca em experiências sobre a governança da água na América do Sul a partir de estudos de caso de crises hídricas na Argentina, Brasil e Uruguai.
Qual o objetivo?
Analisar as consequências e as potenciais lições resultantes das recentes crises hídricas nas bacias hidrográficas de: Chubut – turbidez (Argentina); Laguna del Sauce – floração de algas (Uruguai); e Piracicaba, Capivari e Jundiaí – seca (Brasil).
Quais foram os resultados obtidos?
As crises hídricas são problemas complexos que envolvem diversos fatores (físicos, sociais e econômicos) e múltiplos atores (com interesses e perspectivas distintas), que são, muitas vezes, desigualmente afetados. A fragmentação na gestão da água quanto às funções e ações é identificada como um desafio para a governança adaptativa, que tem como um de seus aspectos a adoção de arranjos multiníveis e policêntricos. Além disso, as crises provocam mudanças que exigem da governança a capacidade de resposta e antecipação para se preparar de forma mais adequada às incertezas futuras.
Como citar este capítulo:
Trimble, M., et al. (2021). Towards Adaptive Water Governance in South America: Lessons from Water Crises in Argentina, Brazil, and Uruguay. In: Leal Filho, W., Azeiteiro, U.M., Setti, A.F.F. (eds) Sustainability in Natural Resources Management and Land Planning. World Sustainability Series. Springer, Cham. https://doi.org/10.1007/978-3-030-76624-5_3